quarta-feira, 19 de agosto de 2009

AS DIFICULDADES DA GEAP COMO EXEMPLO

O setor de saúde suplementar no Brasil movimenta mais de 40 bilhões de reais ao ano com seus 50 milhões de beneficiários, mas a sobrevivência das operadoras tem um futuro incerto, pois a demanda cresce e se nada for feito, os custos serão tão altos que a população não poderá continuar pagando por esse compromisso.

Tomemos como exemplo a Fundação GEAP, autogestão em saúde de boa parte dos servidores federais. Segundo ouvi de sua Diretora Executiva, Regina Parisi, mais da metade dos seus 700 mil beneficiários tem mais de 59 anos de idade e são, portanto, idosos.

Caso a GEAP não se dedique em tempo integral a cuidar dessa turma, ela – a operadora – não vai sobreviver. Não bastam programas bonitos. Tem que ter atitude diária, proativa, na atenção ao cuidado dos pacientes de alto custo, mas também junto àqueles que se consideram saudáveis e se descuidam da sua saúde por desinformação, negligência ou por falta de recursos. Estes precisam também de um programa de prevenção efetivo com monitoramento permanente.

Tudo isso, sem esquecer do bom relacionamento com a rede, que poderá se unir nessa luta desde que num ambiente mais colaborativo.

Assim como a GEAP, muitos outros planos, privados ou não, ainda não se dedicam a programas de promoção da saúde, prevenção de doenças e atenção ao cuidado de forma prioritária e abrangente, como tem que ser feito.

Esta é uma questão de sobrevivência do sistema e de qualidade de vida para todos.

Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br

 

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